sexta-feira, 3 de junho de 2011

Das lágrimas que molham minha face agora

Eu sempre fui crítica demais com tudo e sempre fui muito criticada por isso. Sempre me cobrei demais pelos meus erros e cobro os erros alheios, não os admitoo com a facilidade com que gostaria que os meus fossem aceitos.  Isso cada vez mais me persegue. Cobranças, são tantas!
Eu cobro resultados, tento mover montanhas, tento mostrar que sou melhor, que consigo. Mas sinceramente tem sido fustrante não ser reconhecida. Não ouvir obrigada, bom trabalho, era isso que queríamos. Quando me pedem algo e eu consigo corresponder, aguardo ansiosa pelo reconhecimento daquilo, pelo sorriso de quem teve seu pedido atendido, mas até agora tudo que recebi foram críticas, as mesmas que eu insisto sempre em dar sem ninguém pedir. Talvez eu deva parar, percebo, finalmente, que não é bom ouvir apenas a parte ruim da história, a parte errada.
Depois eu começo a chorar, a me sentir a pior pessoa do mundo porque talvez ainda não tenha dado o meu melhor, ai vou lá e dou. O que muda? Nada!
Mas aos poucos muda algo em mim, aos poucos eu me reconheço, eu colo um "obrigado" no espelho, é para mim, sim, eu mereço, eu progredi e fiz a minha parte.
Essas lágrimas são fruto da minha mania de autoflagelação, quando estou triste me permito ir ao fundo do poço, afundar mesmo, chorar e pensar que o mundo está contra mim, que a vida é uma droga e eu não mereço tanta ingratidão. Sabe por quê? Quando a tristeza passa eu coloco um sorriso na cara, bem maquiado com um batom rosinha e digoo para mim: - Sua boba, olhe em volta, quanta maravilha te cerca!

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